26 de mar. de 2011

Quimioterapia - parte 2

     A segunda sessão de quimioterapia seria na clínica (Centro de Oncologia de Campinas) e fiquei sabendo que a quimio seria aplicada dessa forma: sessões mais fortes com internação no hospital alternadas com sessões mais brandas que seriam aplicadas na clínica de forma ambulatorial, ou seja, podia ir embora no mesmo dia.
     Na clínica, por 3 dias seguidos, a medicação era aplicada numa sala cheia de poltronas confortáveis onde várias pessoas, de várias idades, recebiam a medicação juntas.
     Interessante ressaltar que você não ficava num lugar escuro, nem com aquele “exército” de enfermeiros “medindo” pressão e temperatura a cada meia hora, podia comer e conversar com as outras pessoas.
     Lembro que, na minha primeira sessão na clínica, conheci uma mulher que estava no finalzinho do tratamento de câncer de mama, ela estava na sua última aplicação, estava com um lenço colorido na cabeça e feliz da vida porque em 15 dias seus cabelos voltariam a crescer... Conheci um senhor ranzinza que reclamava quando alguém passava mal, sendo que ele era o cidadão ali que mais passava mal... E conheci uma criança, uma menininha linda, de uns 5 anos, chamada Fernanda que fazia tratamento no Centro Infantil Boldrini e na clínica, e pasmem, fiquei bege e de todas as cores possíveis... Ela tinha câncer no pulmão. Como uma criança daquele tamanho podia ter câncer no pulmão? Eu já adoro criança e pela Fer me apaixonei imediatamente... Mas a Fernandinha merece um capítulo especial nas minhas postagens e voltarei a falar dela.
     A enfermeira da clínica que me atendia era a Dra Eliana, (“in memoriam“) um amor de pessoa, super paciente e dedicada. 
     Bom, na clínica ocorria uma certa interação, você acabava conhecendo outras pessoas que estavam na mesma situação que você... E isso fazia eu pensar... Eu ainda não me conformava com a doença... Mas julguei que era muito mais injusto com a Fernandinha do que comigo, ela tinha apenas 5 anos... Isso de conhecer outras pessoas e compartilhar experiências, foi muito importante para mim... Eu já não me achava mais o centro do universo... Havia um monte de pessoas passando pelo mesmo que eu... E, sinceramente, nas minhas orações e revolta, eu passei a pedir primeiro para a Fernandinha e depois para mim...





6 comentários:

  1. Você ainda não contou qual tipo de cancer tinha... Aguardo os proximos capitulos.

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  2. Olá Eric, já contei sim... Leia as postagens anteriores, rs.

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  3. Muito legal a postagem,parabéns
    Seguindo certo,me segue ai tbm.
    http://hiphopactivistface.blogspot.com/
    abçs
    @Ativista2

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  4. O.O
    Anciosa pelo próximo!

    http://cris2selene.blogspot.com/
    post novo

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  5. Agora sim entendi. Pensei que a história começava em “Quimioterapia parte 1”, mas começa em “Momentos tensos: Lembranças da minha adolescência e um diagnóstico...”, passando por “O diagnóstico, médicos e explicações.

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